Vindo do Paraná, ele transformou uma área degradada no Sertão de Pernambuco num oásis que desperta o interesse dos acadêmicos e serve de inspiração para os agricultores da região. Apesar da aridez, ele produz mais de 500 espécies vegetais nos 10 hectares da sua propriedade.
A gente precisa aprender a captar a energia do sol, através do processo de fotossíntese, né? Acumular carbono, acumular todos os nutrientes, fazer a ciclagem, acumular água para que a gente possa usar no período de estiagem. As sementes, guardar os alimentos, guardar forragem para os animais, fazer essa socialização, essa partilha, em que não só se alimentamos nós, os seres humanos, mas os animais, as plantas, os microrganismos que fazem a caatinga ser o sistema altamente resiliente e que hoje tenha o potencial de medicamentos, alimentar, muito grande e que ainda é muito pouco pesquisado.
SEGREDO DO PLANTADOR
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Observação, conversas com vizinhos e experimentação são essenciais para que o plantio prospere. "Você vai passando nos lugares, vai conversando...Como é que as pessoas fazem para conviver, para sobreviver? Que planta é essa?", diz Vilmar. "A partir disso vai testando, vai experimentando para ver se aquela informação de fato é válida para esse ambiente onde nós estamos".
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É importante ir buscar o conhecimento onde ele estiver. "Muito importante essa ligação da universidade com os movimentos a gente interage com isso, trazendo o saber da academia, para encontrar o saber dos pequenos agricultores, a forma como eles trabalham, dentro das dificuldades que têm como pequenos agricultores em regiões semiáridas, como é a nossasociais, as ONGs que trabalham com a questão do ambiente e da produção agrícola para pequenos agricultores", diz o plantador.
Exu PE
Brasil