Agrofloresta Paêbirú

Agrofloresta Paêbirú

Usando sistema agroflorestal, o professor investiu em recriar a floresta que existia antes, em uma pequena propriedade no interior do Sergipe. Um exemplo em meio à Caatinga. 

 

O projeto foi batizado como Agrofloresta Paêbirú, em homenagem ao disco de Zé Ramalho e Lula Cortês.

Eu associei esse disco com o que vislumbrei na seca: uma serra enorme, o rio Capivara seco, o sol escaldante e derretendo abaixo, fazendo o sistema funcionar (Fonte: UOL)


Na agrofloresta paêbirú mantemos e propagamos  árvores endêmicas do bioma caatinga pois sabemos que todas possuem alguma propriedade medicinal. (Fonte: Instituto Paêbirú)

Ao longo do tempo, os propósitos e manejos foram alterados. Incluem "a regeneração do solo e da biodiversidade, a valorização e propagação do umbuzeiro, do umbucajazeiro e demais frutíferas endêmicas, a recuperação da medicina tradicional e o uso de ervas medicinais do bioma caatinga, o uso dos recursos locais a exemplo do mandacaru para cerca viva e das pedras para a contenção do solo, folhas e direcionamento das águas, a captação de águas e o intercâmbio com a comunidade local" (Fonte: Instituto Paêbirú). 

O Sistema Agroflorestal Paêbirú virou tema de uma monografia. Nela, o autor destaca desafios e alternativas encontradas para sua superação: 

Desafios
1.Seca (2012 a 2016).
2.Delimitar o território para implantação do sistema agroflorestal.
3.Reduzir escoamento da chuva.
4.Armazenar e captar água da chuva.
5.Preservar árvores nativas.
6.Preparar e manejar o solo para plantar.
7.Implantação do sistema Agroflorestal no sertão.
8.Adquirir, implantar e analisar conhecimentos.
9.Inserir novas culturas agrícolas.
10.Expandir o sistema agroflorestal implantado.
11.Conseguir incentivo.
12.Tornar o sistema agroflorestal autossuficiente.


Alternativas praticadas para superar os desafios
1.Segundo o Centro de Estudos e Pesquisas em Engenharia e Defesa Civil (2015), “O Nordeste tem a
pior seca dos últimos 30 anos”. O SAF utilizou as técnicas de armazenamento em tanques artesanais e
gotejamento de água com garrafas PET
2.Segundo Prata (2016), não queimou o solo e não arou, porém precisou abrir estrada para construção
da sede, entrada de veículos e passagem do carro pipa.
3.Traçou curvas de nível com pedras.
4.Elaborou escavação de três tanques construídos por Marcelo Prata e seu amigo sem custos de
produção. Para captar água da chuva abriu canais de escoamento no percurso do solo para os tanques
artesanais.
5.Conservação.
6.Realizou a aquisição de insumos de matéria orgânica para adubação nos berços das frutíferas; aplicou
esterco bovino, folhas oriundas de propriedades de pessoas amigas que não usaram agrotóxicos.
Manejou aguando, podando, inserindo composto de palma, galhos, mantendo-os e não utilizando
agrotóxicos.
7.Aquisição de mudas, gradativamente foi inserido palma, babosa e mandacaru sem espinhos, árvores
frutíferas e outas espécies.
8.Empírico, experimental; palestras, seminários e treinamentos.
9.Plantação de novas espécies.
10.Duplicação do sistema.
11.Governo federal e outros.
12.Fornecer Mandacaru sem espinho e palma.

Fonte: CORDEIRO, Max Sheldon. Sistema Agroflorestal do Sítio Paêbirú: contribuições do Alto Sertão sergipano para
áreas de Caatinga. Monografia (Trabalho de Conclusão de Curso em Ciências Econômicas) - Universidae Federal de Alagoas. Santana do Ipanema: UNIFAL, 2018. p. 33-34

 

Fontes:

UOL. Ecoa. Marcos Candido. Punk na caatinga. 30 set. 2021. Disponível em: https://www.uol.com.br/ecoa/reportagens-especiais/professor-punk-cria-floresta-na-caatinga-sergipana/

INSTITUTO PAÊBIRÚ. Agrofloresta Experimental Paêbiru. Disponível em: https://institutopaebiru.wordpress.com/2019/03/01/plantas-medicinais-na-agrofloresta-paebiru/

 

Imagens: https://www.facebook.com/agroflorestapaebiru