O maior plantador do Espírito Santo espalhou, com sua esposa Magaly, mais de meio milhão de árvores em uma dezena de municípios ao longo de 30 anos. Ele também engajou milhares de pessoas em mutirões de plantio.
"Na década de 80, eu e meu saudoso pai, a gente fazia as coletas de bromélias e orquídeas pra salvar elas [do corte de madeiras] e a gente aproveitava essas orquídeas e pendurava em outras árvores próximas. Eu fui tendo uma visão de ir plantando árvores e aí formei uns grupos. A gente foi plantando na beira de estrada, rios, nascentes e aí foram surgindo mais grupos interessados.
O ser humano destruiu muito o ecossistema. Agora temos a obrigação de restaurar. Tem lugares que eram um deserto e hoje temos árvores, animais e nascentes. Vendo isso eu me emociono"
SEGREDO DE QUEM PLANTA
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É de criança que se começa a plantar. Na adolescência, Broseghini conviveu com Augusto Ruschi, o grande estudioso de beija-flores que se tornou uma referência para o ambientalismo nacional. "Eu gosto muito de trabalhar com criança, porque cria aquela consciência, e ela cresce com aquela vontade. Elas pedem pra voltar a fazer as atividades nas escolas", diz Broseghini. "Ele transmitiu aquilo pra mim, e como consequência eu tive essa oportunidade de estar colaborando com o meio ambiente". Sua neta, Maria Valentina, planta com o avô desde os tempos em que estava na barriga da mãe. "Depois disso, todas as vezes que vou para Santa Teresa, eu planto para um futuro melhor", diz ela.
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Não adianta só plantar. "Hoje tem que plantar menos e cuidar mais delas", diz o plantador. "Não adianta plantar quantidade grande. É plantar e cuidar, o produtor tem que ter condições de dar água e o trato adequado para a muda".
Santa Teresa ES
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